Trauma de Campina Grande contrata médicos do RJ


Os 24 ortopedistas cooperados que prestavam serviço ao Hospital de
Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, que
desde o mês de outubro de 2011 estão negociando a contratualização com a
Secretaria Estadual de Saúde, desistiram de esperar e desde o último
dia 14 de janeiro estão afastados da unidade.
Para resolver a situação, profissionais que prestavam serviço ao
Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro, foram contratados
para garantir a continuação dos atendimentos na área de traumatologia e
ortopedia. O diretor técnico do Trauma, Flawbert Cruz, confirmou que
houve a contratação de seis ortopedistas que começaram a trabalhar a
partir desta semana e estão dando segurança ao atendimento.
Ele explicou que antes de ter havido a substituição dos cooperados,
havia oito ortopedistas na escala do dia e três na escala da noite.
Agora são sete no período diurno e o período da noite continua sendo
coberto por três profissionais. Os seis médicos recém-contratados se
revezam com outros seis funcionários do quadro efetivo do hospital. Para
atender à alta demanda por cirurgias, ele disse que deverá haver a
pactuação de alguns procedimentos com outros hospitais da cidade.
O presidente da Cooperativa dos Ortopedistas e Traumatologistas,
médico Bruno Brilhante, disse que os profissionais foram pegos de
surpresa pela chegada dos novos médicos, já que já teria havido um
acordo para que os cooperados permanecessem atendendo.
Ele afirmou que, há quatro meses, não há nenhum tipo de contrato
entre a cooperativa e o Hospital e que, na última segunda-feira, os
médicos pararam de realizar atendimentos de ambulatório e cirurgias
eletivas, sendo que os procedimentos cirúrgicos de emergência
continuaram sendo feitos. Posteriormente, teria havido um acordo para
que o atendimento fosse normalizado.
Flawbert Cruz explicou que a contratação de médicos do Rio de Janeiro
foi uma medida emergencial e temporária e garantiu que as negociações
para a renovação do contrato das cooperativas seguirão. Quanto à
possibilidade de outras categorias médicas cooperadas, como os
anestesiologistas, também entregarem seus cargos, ele disse que pelo
menos neste momento não há nenhum comunicado oficial por parte dessas
outras categorias.
MUNICÍPIO
A secretária de Saúde de Campina, Tatiana Medeiros, divergiu da direção
do hospital de Trauma em relação à contratação dos médicos do Rio de
Janeiro. Segundo a secretária, seriam sete os profissionais contratados
do Rio para substituir os 30 médicos ortopedistas da Cooperativa de
Campina Grande (Copag). “Sete médicos não substituem 30. Isso preocupa a
Secretaria de Saúde porque estes profissionais não vão ter condições de
atender à demanda do hospital, onde 80% dos atendimentos são de pessoas
que não são de Campina”, afirmou. A secretária assegurou que o
atendimento aos pacientes da cidade estão garantidos no município, mas
as unidades não podem assimilar a demanda de outras cidades.
Ainda de acordo com Tatiana Medeiros, os ortopedistas do Rio de
Janeiro ainda não possuem registro junto ao Conselho Regional de
Medicina da Paraíba (CRM-PB). “Para atuar na Paraíba, o médico precisa
ter registro no CRM do Estado, os médicos do Rio ainda não tiveram tempo
para realizar o procedimento”, ressaltou, afirmando ainda que dois dos
profissionais ainda são residentes.(Luzia Santos
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