Encontro de 60 cadáveres em Acapulco pode ter sido resultado de fraude funerária

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ACAPULCO - A descoberta de mais de 60 cadáveres em um crematório desativado de Acapulco, no México, pode ter sido resultado de uma fraude funerária, segundo autoridades do país. Embora a causa das mortes ainda não tenha sido divulgada, já perde peso a hipótese de que se trataram de execuções promovidas pelo crime organizado.
O comissário de Segurança Nacional, Monte Alejandro Rubido, declarou que já existe um mandado de busca para a empresa Crematorios del Pacífico, que administrava o depósito, abandonado em maio. Segundo ele, os administradores do crematório podem ter recebido os corpos mas sem cremá-los; em vez disso, davam cinzas falsas para os parentes dos mortos.
Acapulco, que já foi conhecida como joia do Pacífico, é hoje uma cidade devastada pelo crime, com a terceira maior taxa de homicídios do mundo, depois de Caracas e San Pedro Sula (Honduras), e onde quadrilhas de traficantes travam uma guerra brutal pelo controle de territórios. Nas ruas, a segurança é pobre, e os assassinatos, comuns. Mais de 2 mil policiais municipais recusaram-se a passar por testes antidrogas. A ausência das forças de segurança foi suprida por agentes da Polícia Federal, Exército e Marinha, mas o caos é tamanho que centenas de escolas fecharam as portas recentemente por medo de asssaltos.
A descoberta dos corpos é mais um episódio que ilustra a decadência da cidade portuária. A maioria dos corpos foi abandonada há muito tempo. Alguns estavam mumificados, outros já em decomposição. Muitos haviam sido envoltos em lençóis brancos. Alguém teve a preocupação de cobrir os restos mortais com cal. O odor, no entanto, alertou os vizinhos.
Outro mistérios é que os cadáveres eram de épocas diversas, alguns relativamente recentes. Com o tempo, ganhou peso a hipótese de que o crematório foi empregado como um depósito clandestino para esconder uma fraude
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