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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cícero Lucena diz que crianças correm perigo para ir à escola em João Pessoa

O senador Cícero Lucena (PSDB-PB) deplorou o reordenamento de escolas públicas implantado pelo governo da Paraíba, que levou ao fechamento de 180 estabelecimentos de ensino no estado, 11 delas em João Pessoa. 

Ele leu nesta terça-feira (28), em Plenário, reportagem publicada pelo jornal Correio da Paraíba, segundo a qual alunos de escolas públicas da capital arriscam a vida para poderem estudar.
A reportagem fala de alunos de duas escolas da rede pública, uma estadual e outra municipal. 

O reordenamento transferiu esses alunos para escolas longe de suas casas, fazendo com que alguns deles tenham de andar até quatro quilômetros para chegarem às aulas. Outros têm de arriscar a vida na travessia da BR 101, no caminho até o educandário. O parlamentar criticou a falta de sensibilidade e a ausência de planejamento no reordenamento escolar.

_ Será que o governo fechou as escolas para transformá-las em delegacias ou presídios? - indagou.
No mesmo pronunciamento, o senador pediu ao governo da Paraíba que pague, "sem artifícios e sem manobras", o piso salarial do magistério, estabelecido em R$ 1.451 para este ano.

O parlamentar foi aparteado pelo senador Mário Couto (PSDB-PA), que o apoiou.

Leia matéria do Jornal Correio da Paraíba:

Sem transporte, estudantes se arriscam no caminho da escola, em JP

Aline Martins

Os estudantes que moram na comunidade Mumbaba, no Distrito Industrial, em João Pessoa, e estudam em pelo menos duas escolas no bairro Costa e Silva, enfrentam diariamente o perigo ao atravessar as pistas da BR-101. Sem transporte escolar ou insuficiente para a quantidade de alunos, muitos precisam caminhar de 30 a 45 minutos (cerca de 4 quilômetros) para ir à escola e o mesmo tempo para retornar para casa. Além disso, correm o risco de assaltos ou outros tipos de violência.

Para não serem assaltados ou atropelados, estudantes preferem se deslocar de casa à escola e vice-versa em grupos. Nas proximidades das escolas, Estadual Costa e Silva e Municipal Duque de Caxias, onde a maioria dos alunos que mora em Mumbaba estuda, há duas passarelas, mas por medo da violência eles se arriscam atravessando a BR-101.

No entanto, as duas unidades de ensino deveriam oferecer transporte escolar para todos que moram nessa localidade porque dentro da comunidade deveria ser oferecido ensino fundamental dois e médio. A unidade de ensino municipal Duque de Caxias oferece um ônibus e um microônibus, mas é insuficiente, segundo os estudantes, porque o deslocamento até a comunidade Mumbaba só pode ser feito pelo veículo menor. "É muitos alunos e não dá para todos voltarem para casa nesse coletivo e fica fácil ter que voltar a pé. É cansativo, mas não tem alternativa", relatou um dos estudantes.

Já na Escola Estadual Costa e Silva, o ano letivo teve início oficialmente ontem e a diretora adjunta, Marinilze Ferreira, contou que entrou em contato a Secretaria Estadual de Educação para disponibilizar o transporte escolar que era oferecido até o ano passado, mas não obteve resposta. Ela comentou que teme pela vida das crianças que atravessam as pistas da rodovia federal. "Hoje (ontem) orientei que todos fossem pela passarela porque se acontecer algum acidente, os pais vão culpar a escola por deixar os alunos voltar sozinho e a pé", disse.

Nessa unidade de ensino, 48 estudantes moram em Mumbaba. E para a direção da escola, um ônibus seria suficiente para o transporte de ida e volta para casa. Ainda de acordo com a direção, a escola funciona em dois turnos, manhã e noite. O ensino fundamental acontece apenas no primeiro período. Durante a noite, funcionam turmas para Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

"Minha filha nem foi hoje para aula na escola. E já estou pensando como será daqui pra frente, por causa dos riscos de atropelamento e outros tipos de violência. Queremos imediatamente uma solução", relatou Maria da Penha dos Santos. Ela tem uma filha de 14 anos que estuda desde 2011 na Escola Estadual Costa e Silva e era transportada por um ônibus. 

Na comunidade Mumbaba, existia a Escola Estadual Domênico Andrea Magliano e foi fechada este ano após o processo de reordenamento do Governo Estadual, que fechou 188 unidades de ensino em toda a Paraíba.

O sobrinho de 15 anos de Maria Eduarda Sousa, também estuda nessa unidade de ensino e caminha de meia hora a 45 minutos até chegar à escola. "Acharia melhor um ônibus porque nem eu e nem meu pai ficaríamos preocupados com ele (sobrinho) que precisa atravessar a rodovia todos os dias", afirmou.

Estado e município

A Secretaria Estadual de Educação (SEE), através da assessoria de imprensa, informou que o convênio de transporte escolar que atendia a comunidade Mumbaba era feito pela Escola Estadual Domenico Magliano, que fez parte do projeto de reordenamento que aconteceu no início deste ano. 

A previsão é que esse convênio será reativado em breve e desta vez, com a própria Escola Costa e Silva. Já a Secretaria Municipal de Educação de João Pessoa não enviou resposta sobre o número insuficiente de veículos para o transporte dos alunos até o fechamento desta edição. 

28/02/2012 - Agência Senado

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