Estudo pioneiro com imagens mostra efeitos da maconha no cérebro
O THC diminui a ativação normal no striatum (área azul). Crédito: divulgação/ King’s College London.
Diversas pesquisas sobre os efeitos que as substâncias encontradas na
cânabis produzem no organismo humano têm mostrado benefícios e danos
para a saúde. Contudo, um estudo pioneiro, utilizando mapeamento de
ressonância magnética (MRI), mostra como dois componentes principais da
planta afetam a função da região cerebral. Os resultados do estudo foram
publicados na edição de janeiro do periódico científico especializado Archives of General Psychiatry.
As imagens cerebrais obtidas de 15 participantes saudáveis e usuários
ocasionais da maconha permitiram aos cientistas do Instituto de
Psiquiatria no King’s College London, na Inglaterra, examinar os efeitos
dos dois componentes principais da cânabis – Δ9-tetrahydrocannabinol
(THC) e cannabidiol (CBD) – na função regional do cérebro.O THC
enfraqueceu significativamente a ativação do striatum e aumentou a
ativação do córtex pré-frontal lateral. O efeito no striatum foi um
resultado do THC que aumentou a resposta dos indivíduos a estímulos
normalmente insignificantes e diminuiu sua resposta a estímulos
significativos. As conclusões ajudam a explicar por que fumar maconha
pode resultar em sentimentos de paranoia, ou em casos mais extremos,
episódios psicóticos, quando os indivíduos dão importância ou
significado especial às experiências ou estímulos normalmente
insignificantes.
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